terça-feira, 25 de julho de 2017

Domingos Montagner!!! Para sempre!!!



        Hoje é um daqueles dias em que você simplesmente não quer acordar, e quando o faz deseja estar despertando de um pesadelo!
          Domingos Montagner desapareceu ontem nas águas do velho Chico e desta vez a vida não quis imitar a arte, quando devolvido para superfície jazia um corpo inerte e sem vida, oposto do que orava um país inteiro. Na vida real o protagonista morre, sim! Na vida real, as lágrimas derramadas são reais sim, e provenientes de um sofrimento real e irremediável... 
      Quanta ironia! Se Santo estivesse morto, Domingos ainda viveria! A morte de Santo seria aceitável, mas a de Domingos não é...
        Difícil entender os desígnios de Deus, difícil entender como uma vida simplesmente se acaba num sopro e nos deixa com tantos por quês... Difícil porque dizem que tudo só acaba quando de fato termina, terminou?? Não terminou para Santo, mas terminou para Domingos?! Que peça é essa? Nem Shakespeare foi tão cruel! Mas a vida foi... E o que ficou? Saudade! Saudade! Saudade! Palavra que só existe em nosso idioma e que hoje se traduz em forma de Domingos Montagner.
         Domingos era para mim e tenho certeza que para muitos que viveram o mundo dos teatros, uma inspiração, aquele alguém que chegou lá, aquele alguém que nos representava, aquele alguém que mesmo transbordando talento por todos os poros só foi reconhecido tarde demais... Mas foi, e isso mantinha a chama acesa! Vê-lo brilhar era como brilhar junto e de uma certa maneira continuar acreditando que pode ser possível, e se não fosse, ok, ele estava lá... Estava. A morte implacável, ou a vida que cede fácil demais se encarregaram de nos privar de tal talento, tal sorriso, e o sotaque paulistano mais saboroso que já provei.
        Tive o privilégio de respirar o mesmo ar e beber da fonte daquele talento imenso por três vezes e a alegria que sua arte me proporcionou naquelas ocasiões é o oposto da dor que sinto neste momento...
       Me sentei com grande pesar para escrever, queria jogar para o papel a tristeza que desde ontem se tornou companhia, desejava também humildemente homenageá-lo, mas me dei conta de que na proporção de sua magnitude, palavras me faltam, na proporção da tragédia que se configurou sou tal qual uma muda, apática e abatida, incrédula como todos e ainda esperançosa em acordar, despertar para uma realidade que seja menos cruel e injusta...
      Rezo para que a mesma luz que ele emanava em vida, siga com ele onde quer que esteja! Meus sentimentos aos familiares, amigos e a todos que o amavam, das quais também me incluo.
Abaixo fotos dos dias em fomos felizes juntos! Ele representando, e eu aplaudindo de pé todo o espetáculo que é Domingos Montagner!







Data primeira postagem 16/09/2016

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